E controlE
O que nossas crianças esperam de nós quando elaboramos processos de
comportamentos e condutas com eles, em sua relação com o mundo regrado e
disciplinado que viverão na vida adulta? Esperam que, pela nossa permissão,
atitudes diversas venham com empecilhos que os façam crescer e, quem sabe, até
os façam sofrer.
O sofrer faz parte do crescer com controle. Mas, normalmente,
sofrimento é uma palavra deixada de lado no vocabulário e na vida das nossas
crianças, em função do trauma que a palavra “não” pode acarretar, se acaso eu,
adulto da relação, o fizer sofrer.
Como crescer sem sofrer? Existe essa possibilidade? Não. Crescer é
romper a barreira da tranquilidade e perceber que o mundo cobra das crianças
comportamentos de paciência, de destreza, de inquietude e quietude, de silêncio
e de diálogo.
Como ensinar o caminho certo, dizendo o contrário do que nossos
filhos querem ouvir, sem que os façamos sofrer, ou quem sabe, deixar que eles
ousadamente façam errado para perceber que nossa permissão nem sempre é
negativa, ou que nosso controle pode, sim, ser
positivo?
A criança precisa de
controle diário, para que aprenda a
exercer o seu controle interno, que aprenda o
certo e errado e passe a discernir
as coisas boas e ruins da vida.
Para que, quando adulto, faça o certo sem que haja alguém
no comando dizendo o que fazer e como fazer.
Precisamos ensinar permitindo e controlando para que, quando
adultos, os filhos vivam com qualidade e conduta correta, sem controle externo
e, sim, simplesmente o controle interno trabalhado na infância pelos pais e
responsáveis da relação. Ou quem sabe, deixar para que tenhamos eternos
pequenos dentro de casa, pequenos não no tamanho, mas na maturidade.
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