quarta-feira, 30 de novembro de 2016



PErmissividadE
E controlE

O que nossas crianças esperam de nós quando elaboramos processos de comportamentos e condutas com eles, em sua relação com o mundo regrado e disciplinado que viverão na vida adulta? Esperam que, pela nossa permissão, atitudes diversas venham com empecilhos que os façam crescer e, quem sabe, até os façam sofrer.

O sofrer faz parte do crescer com controle. Mas, normalmente, sofrimento é uma palavra deixada de lado no vocabulário e na vida das nossas crianças, em função do trauma que a palavra “não” pode acarretar, se acaso eu, adulto da relação, o fizer sofrer.

Como crescer sem sofrer? Existe essa possibilidade? Não. Crescer é romper a barreira da tranquilidade e perceber que o mundo cobra das crianças comportamentos de paciência, de destreza, de inquietude e quietude, de silêncio e de diálogo.

Como ensinar o caminho certo, dizendo o contrário do que nossos filhos querem ouvir, sem que os façamos sofrer, ou quem sabe, deixar que eles ousadamente façam errado para perceber que nossa permissão nem sempre é negativa, ou que nosso controle pode, sim, ser  positivo?

A criança precisa de controle diário, para que aprenda a exercer o seu controle interno, que aprenda o certo e errado e passe a discernir as coisas boas e ruins da vida. Para que, quando adulto, faça o certo sem que haja alguém no comando dizendo o que fazer e como fazer.

Precisamos ensinar permitindo e controlando para que, quando adultos, os filhos vivam com qualidade e conduta correta, sem controle externo e, sim, simplesmente o controle interno trabalhado na infância pelos pais e responsáveis da relação. Ou quem sabe, deixar para que tenhamos eternos pequenos dentro de casa, pequenos não no tamanho, mas na maturidade.

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